Tuas florestas transformam-se
em deserto de cinzas.
Tuas águas, em cloreto e iodo.
Espécies marinhas, pássaros,
vida em extinção.
Homens morrendo incuráveis.
Rios e lagos solitários,
legendas do passado.
Teu pulmão poluído.
A camada de ozônio
um sopro em espiral.
O que podemos fazer por ti
se tuas crianças estão
morrendo de fome?
Planète Terre
Tes forêts se transforment
en un désert de cendres.
Tes eaux, chlorure et iode.
Faune marine, oiseaux,
vie qui s’ epuise.
Hommes inguérissables.
Fleuves, lacs solitaires,
légendes d’ autrefois.
Ton poumon alteré.
Couche d’ozone,
un souffle en spire.
Que pouvons-nous faire de toi
si tes enfants
sont en train de mourir de faim?
(Poema publicado no volume bilingüe “Um mundo no coração / Un monde au coeur”,
pela Universitária Editora, de Lisboa (Port.) em 2000, com organização e tradução de Jean-Paul Mestas.)
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