Cidade
Num súbito repentino lapso de uma vida nua rara feia rarefeita
Mergulho em vacuum de soluto poluto ar onde silêncio luxo
Simplicidade desaparece na cidade
Minha idade ?
Procuro altares e portais escalo e destrepo me estrepo
Uma duas muitas nuvens sonhos dispersos acordo
São apenas espelhos arranhando céus
Não chove !
Alucino em cores morrediças com cores elétricas sonoras
Ensandecido em desfiladeiros curvos retilíneos
Só sombras tortas sem perspectivas
Blecaute !
Corro em córregos paro canso espero parado escondo-escondo
Faixas corredores passarelas túneis vias entrelinhas
Zumbis zumbidos acolá lá lândia vejo um farol cego
Não ultrapasse a linha amarela !
Quero deixar minha marca minha digital pôster posteridade
Foco enquadro componho decomponho abro fecho
Descubro trapos coloridos que cobrem o estéril
Saia !
Escorrego deslizo num fluxo circuito interno magma metrópole
Com minhas mãos agarro o que deve ser meu cidadela cidadão
Proibido ir e vir vixe ôxe venho provenho
Vou a pé !
E quase sensível nessa selva relo meu coração em outros corações
Sem óculos sem luvas sem máquinas sem blindagens sem medo
Desacorrento um abraço beijo acaricio compartilho
Existe amor nesse ipê !
Jean-Pierre
Anônimo secreto
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