O MEU NIRVANA

No alheamento da obscura forma humana,
De que, pensando, me desencarcero,
Foi que eu, num grito de emoção, sincero,
Encontrei, afina, o meu Nirvana!

Nessa manumissão schopenhaueriana,
Onde a Vida do humano aspecto fero
Se desarraiga, eu, feito força, impero
Na imanência da Idéia Soberana!

Destruída a sensação que oriunda fora
Do tato – ínfima antena aferidora
Destas tegumentárias mãos plebéias –
Gozo o prazer, que os anos não carcomem,
De haver trocado a minha forma de homem
Pela imortalidade das Idéias!

1 commentaire:

Anonyme a dit…

No lugar de "Aprenda ser educado em seu trabalho", vc deveria ter colocado uma outra poesia de Augusto dos Anjos que tem um acervo riquissimo. E engraçada MAS nao tem o lirismo que nos leitores(as), gostariamos de encontrar neste blog dedicado a cultura Brasileira.