Gilberto Freyre

Gilberto de Mello Freyre nasceu no Recife, em 15 de março de 1900. Filho do educador, Juiz de Direito e catedrático de Economia política da Faculdade de Direito do Recife Dr. Alfredo Freyre e de D. Francisca de Mello Freyre.

Com o livro Casa-grande & Senzala, publicado em 1933, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia. Em vez do registro cronológico de guerras e reinados, ele passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, manuscritos de arquivos públicos e privados, anúncios de jornais e outras fontes que eram ignoradas. Usou também seus conhecimentos de antropologia e sociologia para interpretar fatos de forma inovadora.

Fez carreira acadêmica, de artista plástico, jornalista, cartunista, sociólogo e antropólogo no Brasil, Europa e Estados Unidos. Mas sempre teve uma forte ligação com Pernambuco, em especial Olinda e Recife.

No início dos anos 1920, estudou Ciências Sociais e Artes nos Estados Unidos. O professor Joseph Armstrong tentou convencê-lo a naturalizar-se, a exemplo do ucraniano Józef Korzeniowski, que se tornara Joseph Conrad. Freyre resistiu ao convite por preferir o português. "Hei de criar um estilo", escreveu em seu diário.

Freyre recebeu diversas homenagens.

Entre elas, em 1962, o desfile da escola de samba Mangueira, com enredo inspirado em Casa-grande & Senzala. Foi doutor pelas Universidades de Paris (Sorbonne), Colúmbia (EUA), Coimbra (Portugal), Sussex (Inglaterra) e Münster (Alemanha).

Em 1971, a Rainha Elizabeth lhe conferiu o título de Sir (Cavaleiro do Império Britânico).

Em 18 de julho de 1987, faleceu no Hospital Português do Recife. Foi sepultado no Cemitério de Santo Amaro. Alguns meses antes de falecer instituiu a Fundação Gilberto Freyre, em sua residência de Apipucos, em Pernambuco.

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